Justiça condena nove pessoas na Operação Canaã por crimes em unidade de conservação em Rondônia

Justiça condena nove pessoas na Operação Canaã por crimes em unidade de conservação em Rondônia


Entre os sentenciados estão dois policiais militares, que receberam penas de prisão e perderam os cargos públicos

A Justiça de Rondônia condenou nove pessoas por crimes cometidos dentro da Estação Ecológica Samuel (ESEC), em processo ligado à Operação Canaã. As penas aplicadas variam de 6 anos e meio a mais de 14 anos de reclusão, além de multas e detenção. Entre os condenados estão dois policiais militares, que receberam pena de prisão e tiveram determinada a perda da função pública.

A investigação, conduzida pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco 2) da Polícia Civil desde 2021, apontou a existência de uma organização criminosa estruturada em núcleos específicos, com funções de liderança, recrutamento, segurança, braço armado, acampados e financiadores.

Segundo o Ministério Público, o grupo promovia ocupações ilegais de terras públicas dentro da unidade de conservação, loteando e vendendo áreas de forma clandestina. Os recursos obtidos eram destinados à compra de armas de fogo e ao custeio das invasões.

O esquema funcionava de forma coordenada: os líderes escolhiam as áreas a serem invadidas, organizavam a distribuição dos lotes e orientavam as ações dos demais integrantes. Pessoas em situação de vulnerabilidade eram usadas para ocupar as áreas, enquanto financiadores com maior poder econômico adquiriam os terrenos como forma de investimento ou ocultação de valores ilícitos.

Na decisão, a Justiça destacou ainda a gravidade da participação dos dois policiais militares, responsabilizados pelo envolvimento com a organização criminosa e pelo comércio ilegal de armas de fogo. Além das penas de prisão, ambos foram destituídos de suas funções por violarem deveres do cargo público.

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