
Maioria das ocorrências está concentrada em São Paulo; governo federal reforça alerta e distribui antídoto inédito para hospitais públicos ( foto © <p>Getty Images</p>)
O Ministério da Saúde atualizou nesta quarta-feira (29) o boletim sobre a intoxicação por metanol associada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas no país. Até o momento, foram confirmados 59 casos e outros 44 seguem em investigação. O estado de São Paulo concentra a maior parte das ocorrências, com 46 confirmações e 7 em análise.
Além de São Paulo, há registros confirmados em Pernambuco (5), Paraná (6), Rio Grande do Sul (1) e Mato Grosso (1). Entre os casos ainda sob investigação, há notificações em Pernambuco (21), Rio de Janeiro (2), Piauí (5), Mato Grosso (2), Mato Grosso do Sul (1), Paraná (4) e Tocantins (1). Ao todo, 662 notificações foram descartadas, sendo 446 apenas em São Paulo.
O ministério contabiliza 15 mortes confirmadas, sendo 9 em São Paulo, 3 no Paraná e 3 em Pernambuco. Outros 9 óbitos estão sob investigação, incluindo casos em Pernambuco, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Polícia investiga rede de falsificação
Em quatro semanas, a Polícia Civil de São Paulo prendeu 46 suspeitos de envolvimento com fábricas clandestinas de bebidas adulteradas. Uma dessas unidades, localizada em São Bernardo do Campo, é apontada como responsável por pelo menos duas mortes. No local, foram apreendidos rótulos, garrafas, lacres e equipamentos usados na falsificação. A fábrica abastecia bares da capital, incluindo o Bar Torres, na Mooca, onde duas pessoas morreram após consumir bebidas contaminadas.
Riscos do metanol
O metanol é uma substância altamente tóxica, usada em produtos como anticongelantes e limpadores de para-brisa, e tem aparência e sabor semelhantes ao álcool comum, o que dificulta sua identificação. A ingestão pode causar cegueira, coma e até a morte.
Os principais sintomas de intoxicação incluem dores abdominais intensas, tontura e confusão mental. O Ministério da Saúde alerta que o atendimento médico deve ocorrer nas primeiras seis horas após o consumo suspeito, para evitar complicações graves.
Medidas emergenciais
Para conter o surto, o governo federal importou 2.500 ampolas de fomepizol, um antídoto específico contra o metanol, até então inexistente no Brasil. Além disso, o ministério reforçou o fornecimento de etanol farmacêutico ao Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo o tratamento adequado às vítimas.
As autoridades reforçam que o consumo de bebidas destiladas de origem desconhecida deve ser evitado e que denúncias podem ser feitas às vigilâncias sanitárias locais.
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