
A Justiça argentina condenou, nesta quarta-feira (8), os responsáveis pela tentativa de assassinato da ex-presidente Cristina Kirchner, em setembro de 2022, em frente à sua residência em Buenos Aires.
O brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 38 anos, foi sentenciado a 10 anos de prisão, além de outros 4 anos referentes a uma condenação anterior. Sua então namorada, Brenda Uliarte, de 26 anos, foi condenada a 8 anos de reclusão por envolvimento direto no ataque.
O atentado que chocou a Argentina
O crime ocorreu no momento em que Cristina Kirchner, então vice-presidente, saudava apoiadores na porta de casa. Montiel, armado, chegou a apontar a pistola a poucos centímetros do rosto da líder peronista, mas a arma falhou ao disparar.
O episódio provocou protestos massivos em todo o país, com milhares de argentinos saindo às ruas em defesa da ex-presidente e contra a escalada da violência política.
Julgamento e sentença
O tribunal considerou que o casal planejou o ataque com motivação política, e que ambos demonstraram desprezo pela vida da ex-mandatária. Durante o julgamento, Montiel se manteve em silêncio, enquanto Uliarte alegou arrependimento.
A Justiça entendeu que o ato configurou tentativa de homicídio qualificado, e as penas poderão ser cumpridas em regime fechado.
Cristina Kirchner e novos processos
Cristina Kirchner, que governou a Argentina entre 2007 e 2015, e foi vice no governo Alberto Fernández (2019–2023), ainda enfrenta outro processo por corrupção.
Em junho deste ano, a Suprema Corte da Argentina confirmou sua condenação a 6 anos de prisão e inelegibilidade perpétua, por supostas irregularidades em contratos públicos durante seus mandatos.
A ex-presidente nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição política e judicial. Sua defesa pediu que ela cumpra a pena em prisão domiciliar, enquanto recorre ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
O atual presidente argentino, Javier Milei, comentou o caso nas redes sociais com uma mensagem curta e provocativa:
“Justiça. Fim.”
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