Agência Rondônia

Fiscalização do TCE-RO aponta avanços e falhas graves em hospitais de Porto Velho

Fiscalização do TCE-RO aponta avanços e falhas graves em hospitais de Porto Velho


Tribunal identificou melhorias estruturais e de higiene, mas alertou para falta de profissionais, insumos e superlotação em unidades como o Hospital de Base, João Paulo II e AMI

A atuação contínua e estratégica do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) tem revelado avanços e desafios na rede hospitalar de Porto Velho. Durante uma fiscalização realizada neste sábado (18), em três das principais unidades da capital — Hospital de Base, Assistência Médica Intensiva (AMI) e Hospital João Paulo II —, a equipe técnica identificou melhorias significativas, mas também problemas sérios que comprometem a qualidade do atendimento à população.

A ação faz parte do Programa Permanente de Fiscalização da Saúde, que une rigor técnico e escuta humanizada para promover melhorias tanto na assistência aos pacientes quanto nas condições de trabalho dos profissionais.
Hospital de Base: estrutura renovada, mas com falhas que afetam o atendimento

No Hospital de Base, a equipe do TCE constatou ambientes limpos e bem cuidados, com protocolos de higienização seguidos corretamente. Pacientes e acompanhantes elogiaram a melhora na estrutura.

“Vocês estarem aqui olhando pelos pacientes e profissionais ajuda muito. Espero que não parem, estão de parabéns”, disse Nilde Silva, acompanhante.

Apesar disso, o Tribunal identificou setores desativados por falta de profissionais, equipamentos danificados, escassez de insumos básicos e farmácias com abastecimento irregular. Esses problemas impactam diretamente o ritmo dos atendimentos e cirurgias, além de elevar o risco de infecções hospitalares.

“A gente paga imposto, então tem que cobrar também. É importante ter alguém fiscalizando”, comentou Jessica Moreira, acompanhante de paciente.

João Paulo II: superlotação e carência de insumos preocupam

No Hospital João Paulo II, os fiscais verificaram melhorias pontuais, como a entrega de insumos e a reforma em alas de enfermaria, que trouxeram mais conforto aos pacientes. No entanto, a superlotação permanece um dos maiores desafios.

Faltam médicos em sobreaviso, há falhas em equipamentos como tomógrafos e aparelhos de raio-X, além de problemas elétricos na UTI e escassez de medicamentos e insumos básicos.

“A fiscalização é um sinal de transparência. O João Paulo II é referência e precisa de atenção constante”, afirmou o médico Daniel Romano, que acompanhou a visita.

AMI: melhorias pontuais, mas problemas persistem

Na Assistência Médica Intensiva (AMI), o TCE-RO constatou avanços estruturais, como retirada de entulhos e melhor organização dos espaços, mas ainda há falta de profissionais de plantão, banheiros enferrujados, materiais mal armazenados e equipamentos essenciais sem funcionamento, como ventiladores mecânicos e impressoras de raio-X. Persistem também falhas na limpeza e na higienização.

Compromisso com a saúde pública

Com base nas fiscalizações, o TCE-RO elaborou relatórios técnicos com recomendações à gestão estadual, com o objetivo de transformar os apontamentos em ações concretas para melhorar o atendimento à população e as condições de trabalho dos servidores da saúde.

“Além de ouvirmos profissionais e pacientes, verificamos se os apontamentos anteriores foram corrigidos, garantindo que os serviços sejam prestados da melhor forma possível”, destacou Wesler Neves, auditor de Controle Externo e coordenador da ação.

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