
Negociadores dos dois países trabalham para confirmar o encontro durante a cúpula da ASEAN; reunião deve marcar aproximação diplomática e econômica entre os governos - © Getty Images
Os governos de Brasil e Estados Unidos estão negociando os últimos detalhes para viabilizar um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente americano Donald Trump no próximo domingo (26), durante a cúpula da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), que será realizada na Malásia entre os dias 26 e 28 de outubro.
De acordo com fontes diplomáticas, as duas equipes trabalham para ajustar as agendas e garantir que a reunião aconteça. A expectativa é de que o encontro seja discreto, mas politicamente simbólico, marcando uma nova fase no diálogo entre os dois países.
Desde que Lula e Trump tiveram uma breve conversa durante a Assembleia-Geral da ONU, assessores dos dois governos defendem que um novo encontro ocorra em terreno neutro — longe da Casa Branca, onde Trump já protagonizou episódios polêmicos com outros chefes de Estado.
“A ideia é evitar qualquer constrangimento público e focar nos temas comerciais”, afirmou um integrante da equipe diplomática brasileira.
O principal tema da pauta deve ser a redução das tarifas sobre produtos brasileiros, que hoje chegam a 50%, especialmente sobre aço e alumínio. As negociações começaram oficialmente na semana passada, após a reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado americano Marco Rubio — o primeiro diálogo formal desde o reencontro entre Lula e Trump em Nova York.
Embora ainda não haja um acordo fechado sobre a retirada das sobretaxas, o clima entre os dois governos é descrito como positivo e cooperativo.
Em comunicado conjunto, o Departamento de Estado dos EUA e o Itamaraty destacaram que as conversas foram “muito positivas sobre comércio e questões bilaterais em andamento”, sinalizando disposição mútua para avançar.
A reunião entre Lula e Trump pode representar um marco diplomático importante, indicando uma tentativa de reaproximação comercial entre as duas maiores economias do continente, apesar das diferenças políticas e ideológicas.
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