Agência Rondônia

Mulher acusada de matar idoso com feijoada envenenada é investigada por outras três mortes e chamada de “serial killer” pela Justiça

Mulher acusada de matar idoso com feijoada envenenada é investigada por outras três mortes e chamada de “serial killer” pela Justiça


Ministério Público de São Paulo denunciou Ana Paula Veloso, de 36 anos, por quatro homicídios qualificados; suspeita teria usado veneno e agido com diferentes motivações - © Reprodução/ Polícias de SP e RJ

A mulher presa por suspeita de matar um idoso com uma feijoada envenenada, no Rio de Janeiro, está sendo investigada por outras três mortes. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Ana Paula Veloso, de 36 anos, foi denunciada à Justiça no início de setembro e responde por quatro homicídios qualificados, sendo classificada como uma “serial killer” pela Justiça paulista.

O primeiro crime atribuído a Ana Paula é o assassinato de Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, ocorrido em 26 de abril, em Duque de Caxias (RJ). A vítima teria ingerido uma feijoada com chumbinho, preparada com a ajuda da filha, Michele Paiva da Silva, que teria contratado Ana Paula por R$ 4 mil. As duas estudaram juntas Direito e mantiveram contato após a mudança da suspeita para Guarulhos (SP).
Antes do crime, o MP aponta que Ana Paula testou o veneno em 10 cachorros para calcular a dosagem e o tempo de ação. O corpo do idoso foi exumado nesta semana para novas perícias.

Logo após o assassinato, a criminosa conheceu Hayder Mhazres, tunisiano de 21 anos, através de um aplicativo de relacionamentos. Segundo as investigações, ela fingiu estar grávida, propôs casamento e, ao ser rejeitada, o envenenou com chumbinho em 23 de maio, no bairro do Brás, região central de São Paulo. Após o crime, tentou se passar por herdeira do rapaz e exigiu reconhecimento da família dele.

Outros dois homicídios estão sob investigação em Guarulhos. Uma das vítimas seria Marcelo Hari Fonseca, morto em janeiro — proprietário da casa onde Ana Paula morava, que teria sido assassinado para que ela se apossasse do imóvel. A outra é Maria Aparecida Rodrigues, amiga da acusada, supostamente morta para incriminar um policial militar com quem Ana Paula mantinha um relacionamento.

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia e manteve a prisão preventiva da acusada. Em sua decisão, o juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, da Vara do Júri de Guarulhos, destacou a “gravidade indiscutível” dos crimes e classificou Ana Paula como uma criminosa em série.

A filha da primeira vítima, Michele Paiva, foi presa na segunda-feira (6) em frente à faculdade onde estudava, no Engenho Novo, zona norte do Rio. O celular dela foi apreendido e será periciado. Segundo o delegado Halisson Ideião, da 1ª Delegacia de Guarulhos, Michele tinha conhecimento de outros crimes, embora não tenha participado diretamente deles.

A defesa das duas investigadas ainda não se manifestou sobre o caso.

👉 Siga @agencia_rondonia para mais notícias e atualizações.
📲 Entre também no nosso grupo de WhatsApp e receba notícias em tempo real: Clique aqui para participar


Postar um comentário

0 Comentários