São Paulo registra 38 casos confirmados de intoxicação por metanol e seis mortes; polícia amplia operação contra bebidas adulteradas

Com 44 casos ainda em investigação e 60 prisões realizadas, estado mantém gabinete de crise para conter avanço das ocorrências e combater fábricas clandestinas - © <p>Shutterstock</p>

O estado de São Paulo chegou a 38 casos confirmados de intoxicação por metanol e outros 44 em investigação, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde nesta sexta-feira (17). Desde o início do surto, 369 casos já foram descartados após análises clínicas, epidemiológicas e laboratoriais.

A Polícia Civil cumpriu sete mandados de busca e apreensão em uma operação contra suspeitos de falsificar e adulterar bebidas alcoólicas, como parte do desdobramento da ação realizada na semana passada que desmantelou uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo. Na ocasião, uma mulher identificada como responsável pela produção irregular foi presa em flagrante. Segundo a investigação, familiares da suspeita também estariam envolvidos no esquema.

Até o momento, o estado contabiliza seis mortes confirmadas relacionadas à intoxicação por metanol. As vítimas são três homens de 54, 46 e 45 anos, moradores da capital paulista, uma mulher de 30 anos, de São Bernardo do Campo, um homem de 23 anos, de Osasco, e outro de 37 anos, de Jundiaí. Dois óbitos adicionais seguem em investigação nas cidades de São Paulo e Piracicaba.

Na quinta-feira (16), a Polícia Militar prendeu em flagrante um homem de 28 anos em Campinas, acusado de comandar um esquema de adulteração de bebidas em uma adega localizada na Vila Formosa. O local apresentava condições insalubres, com bebidas vencidas, embalagens danificadas e rótulos falsificados.

De acordo com o governo estadual, um gabinete de crise está ativo para coordenar as ações de enfrentamento. Desde o início das investigações, 60 pessoas foram presas, 15 estabelecimentos interditados e 23 tiveram as inscrições estaduais suspensas. Os nomes dos locais interditados não foram divulgados.

São Paulo concentra o maior número de casos de intoxicação por metanol do país, mas há registros também nos estados do Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul. As autoridades reforçam o alerta para que a população evite consumir bebidas de origem duvidosa ou sem registro e denuncie possíveis irregularidades.

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