
Denúncia aponta que apenas 3,5 mil das 22 mil toneladas contratadas de asfalto foram aplicadas em 60 dias; ruas seguem esburacadas enquanto o material estaria sendo retido para uso eleitoral
Uma denúncia grave agitou o plenário da Câmara Municipal de Porto Velho nesta semana. O vereador Marcos Combate (AGIR) afirmou que o prefeito Léo Moraes (Podemos) teria ordenado ao secretário municipal de Infraestrutura, Thiago Catanhede, que “segurasse” a massa asfáltica adquirida pela Prefeitura — com o suposto objetivo de beneficiar o projeto político de seu irmão, Paulo Moraes Jr., nas eleições de 2026.
Segundo o parlamentar, o município contratou R$ 18 milhões em asfalto, totalizando 22 mil toneladas, mas, em dois meses, apenas 3.500 toneladas foram efetivamente aplicadas, conforme dados repassados por uma servidora da Seinfra.
“Enquanto o povo é obrigado a andar na lama, o prefeito manda segurar o asfalto para o ano da eleição. Cinco mil toneladas dariam para asfaltar o bairro Lagoa inteiro. É uma covardia com a população em nome de um projeto político familiar”, declarou Marcos Combate.
A denúncia causou reação entre outros vereadores, que cobraram explicações da Secretaria Municipal de Infraestrutura e maior transparência na execução dos contratos públicos.
Perseguição política e disputa interna
Ainda de acordo com Combate, o projeto político do irmão do prefeito, Paulo Moraes Jr., teria se tornado prioridade dentro da gestão, influenciando decisões administrativas e gerando desconforto entre aliados.
O vereador afirma que secretários e comissionados estariam sendo pressionados a apoiar politicamente Paulo Jr. nas próximas eleições, sob risco de exoneração.
Um dos casos citados por ele é o da vice-prefeita Magna dos Anjos, que teria sido afastada das decisões da gestão após resistir à orientação do prefeito.
Magna, que teria o apoio de parte do público evangélico para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Rondônia, foi, segundo Combate, “isolada” politicamente por insistir no projeto estadual — enquanto o prefeito desejava que ela se candidatasse à Câmara Federal.
“Nas comemorações dos 111 anos de Porto Velho, parecia que a cidade não tinha vice-prefeita. Só o irmão do prefeito estava nos eventos oficiais, nas solenidades e nas fotos. A Magna ficou completamente de lado”, criticou o parlamentar.
Informações: Site Rondôniagora
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