Agência Rondônia

Vetos de Lula mudam o xadrez político e redefinem cenário eleitoral em Rondônia para 2026

Vetos de Lula mudam o xadrez político e redefinem cenário eleitoral em Rondônia para 2026

Com Ivo Cassol fora da disputa, novas lideranças se movimentam para o Governo do Estado, Senado e Câmara Federal

O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos trechos do projeto que alteravam o prazo de cumprimento da inelegibilidade de políticos condenados provocou uma reviravolta no tabuleiro político nacional — e Rondônia não ficou de fora. A decisão manteve o prazo de 8 anos a partir da data da condenação, impedindo que dezenas de lideranças retornem às urnas em 2026.

Entre os atingidos está o ex-governador, ex-senador e ex-prefeito de Rolim de Moura, Ivo Cassol (PP), uma das figuras mais influentes da política rondoniense. Com o veto, Cassol permanece inelegível e fora da disputa estadual de 2026, o que muda completamente o equilíbrio de forças no cenário eleitoral.

Nomes de volta ao jogo político

Enquanto Cassol fica fora da corrida, outros nomes ganham novo fôlego político. Em Porto Velho, o ex-prefeito Roberto Sobrinho, que havia sido afastado do cargo em 2013 e recentemente inocentado das acusações, surge como pré-candidato a deputado federal. Ainda sem partido, Sobrinho estuda sua nova filiação, mas mantém forte influência no meio político da capital.

Outro retorno é o do ex-deputado Hermínio Coelho, agora filiado ao PRTB, partido presidido no estado pelo deputado Marcelo Cruz. Hermínio, que também esteve inelegível, confirmou que disputará uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa (ALE-RO) em 2026.

No interior, o ex-prefeito e ex-senador Acir Gurgacz (PDT), segundo seus advogados, estará elegível a partir de fevereiro de 2026. Gurgacz já anunciou sua pré-candidatura ao Senado, buscando uma das duas vagas em disputa — atualmente ocupadas por Confúcio Moura (MDB) e Marcos Rogério (PL).

Corrida ao Governo e Senado

Os bastidores políticos apontam que Marcos Rogério deve tentar a reeleição ao Senado, enquanto Confúcio Moura, hoje principal nome do MDB, pode disputar o Governo do Estado com o apoio do PT.

Outros nomes também se movimentam:

  • Hildon Chaves (PSDB), ex-prefeito de Porto Velho;

  • Fernando Máximo (União Brasil), deputado federal;

  • Sérgio Gonçalves (União Brasil), vice-governador;

  • Samuel Costa (Rede), advogado;

  • Adailton Fúria (PSD), prefeito de Cacoal.

Já para o Senado, as apostas incluem Sílvia Cristina (PP), Marcos Rocha (União), Bruno Scheid (PL) e Rodrigo Camargo (Republicanos).

Retornos ao cenário federal

O ex-deputado Natan Donadon (União), que já presidiu o partido Agir em 2024, também prepara seu retorno à política e deve disputar uma vaga na Câmara Federal representando o Cone Sul. “Vilhena e o Cone Sul precisam de maior representatividade no Congresso Nacional”, afirmou Donadon.

Outro nome que retorna ao jogo político é o ex-deputado federal Nilton Capixaba, ex-presidente do PTB, que deve disputar uma das oito vagas de deputado federal. Com base eleitoral em Cacoal, Capixaba busca fortalecer a representatividade da Região do Café, que atualmente não possui nenhum representante no Congresso Nacional.

Disputa aberta e imprevisível

Com Ivo Cassol fora da disputa, o cenário eleitoral em Rondônia para 2026 permanece aberto e equilibrado. A ausência do ex-governador, considerado favorito, abre espaço para novas alianças e candidaturas competitivas.

A disputa promete ser intensa não apenas pelo Governo do Estado, mas também pelas duas vagas ao Senado e pelas oito cadeiras federais — cargos que devem definir o novo mapa político de Rondônia a partir de 2027.

Informações: Rondônia Dinâmica


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