
Mudanças ligadas à Reforma Tributária aumentam a rastreabilidade das operações e pressionam profissionais que atuam como pessoa física a se formalizarem (imagem News Rondônia)
Profissionais autônomos que atuam exclusivamente no CPF devem sentir, já a partir de janeiro de 2026, uma mudança prática significativa na forma de trabalhar. A emissão de nota fiscal, que hoje ainda é exceção em muitos casos, tende a se tornar rotina para quem presta serviços ou realiza vendas de forma recorrente.
O movimento está diretamente ligado ao avanço da padronização dos documentos fiscais eletrônicos no Brasil, dentro do pacote de transformações impulsionado pela Reforma Tributária. Com sistemas mais integrados e maior cruzamento de dados, as operações passam a ter mais rastreabilidade, reduzindo o espaço para informalidade.
Atualmente, muitos autônomos ainda realizam atividades sem emitir nota fiscal, especialmente quando atendem pessoas físicas. No entanto, com a nova fase prevista para 2026, a expectativa é de aumento do “pedido de nota”, principalmente quando o cliente é empresa (CNPJ), mas também em atendimentos a CPF, conforme as regras e a adoção dos novos sistemas pelos órgãos fiscalizadores.
Atenção aos impostos e à organização financeira
Outro ponto de alerta é a organização dos rendimentos. Quem trabalha como pessoa física precisa comprovar a origem dos valores recebidos. Dependendo do tipo de serviço e da forma de pagamento, pode haver exigência de apuração mensal de imposto, como ocorre no Carnê-Leão, além da obrigatoriedade da declaração anual do Imposto de Renda.
Na prática, deixa de ser apenas “receber e pronto”. O profissional passa a precisar receber, registrar e justificar os valores perante o Fisco, sob risco de inconsistências futuras.
MEI pode ser alternativa, mas não é regra
Diante desse cenário, muitos autônomos se perguntam se vale a pena se tornar MEI (Microempreendedor Individual). Em diversos casos, o MEI facilita a emissão de nota fiscal, organiza a atividade com um CNPJ próprio e garante contribuição ao INSS com um custo mensal reduzido.
Porém, a formalização como MEI não é solução universal. A viabilidade depende do tipo de atividade exercida, do faturamento anual e do modelo de negócio adotado pelo profissional.
O que esperar de 2026
A tendência é clara: 2026 deve apertar a informalidade no CPF. Profissionais que se anteciparem, organizando suas finanças, avaliando a formalização e buscando orientação contábil, tendem a enfrentar menos dificuldades quando as novas exigências passarem a ser cobradas de forma mais rigorosa.
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