Enchentes na Bolívia acendem alerta para possível cheia do rio Madeira em Porto Velho

Enchentes na Bolívia acendem alerta para possível cheia do rio Madeira em Porto Velho


Chuvas intensas nas cabeceiras dos rios Guaporé e Mamoré causaram mortes no país vizinho e podem impactar o nível do Madeira nas próximas semanas

As fortes chuvas registradas nas cabeceiras de rios que compõem a bacia do rio Madeira, especialmente em território boliviano, provocaram uma tragédia nesta semana. Uma chuva torrencial causou grandes estragos e resultou na morte de pelo menos 20 pessoas, além de dezenas de desaparecidos na Bolívia.

Toda essa água desce em direção aos rios Guaporé e Mamoré, que juntos formam o rio Madeira, em Rondônia. Por esse motivo, o cenário acende um alerta para a possibilidade de elevação significativa do nível do rio nas próximas semanas, o que exige atenção das autoridades e das comunidades ribeirinhas.

De acordo com especialistas, as chuvas intensas que ocorrem diretamente em Rondônia não são, por si só, determinantes para o aumento do nível do rio Madeira. O principal fator de influência está nas cabeceiras localizadas na Bolívia, onde o volume e a velocidade das águas que descem em direção ao Brasil geram preocupação.

Diante desse cenário, as forças de Defesa Civil já iniciaram o monitoramento constante da situação, acompanhando a evolução do nível dos rios e preparando ações preventivas para reduzir possíveis impactos, caso a cheia se intensifique.

Por enquanto, a previsão indica que o rio Madeira deve permanecer em patamar semelhante ao registrado em 2024 no mesmo período, com média acima dos dois metros. No entanto, ainda não há informações atualizadas sobre o volume total de água que está vindo da Bolívia, o que mantém o estado de alerta.

A maior enchente da história recente ocorreu em 2014, quando o rio Madeira ultrapassou os 19 metros, causando alagamentos severos em Porto Velho e em vários distritos. Já em 2024, no auge das chuvas, o nível máximo chegou a 16 metros, ficando muito próximo da cota de transbordamento em diversas áreas da capital e do interior do estado.


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