Ministério Público de Rondônia ajuíza ação contra empresas de financiamento fraudulentas em operação de combate ao estelionato

Ministério Público de Rondônia ajuíza ação contra empresas de financiamento fraudulentas em operação de combate ao estelionato


MPRO busca anular contratos e condenar empresas envolvidas em esquema de vendas fraudulentas de consórcios em vez de financiamentos

O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio da Promotoria de Defesa do Consumidor da Capital, ajuizou uma ação civil pública nesta quinta-feira (11/12) contra empresas que atuavam na internet oferecendo financiamentos fraudulentos a consumidores em situação de vulnerabilidade. Em vez de empréstimos, essas empresas vendiam consórcios inexistentes, enganando centenas de pessoas em todo o estado.

A ação é resultado da Operação Contemplados, conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes contra as Relações de Consumo, em colaboração com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRO. Durante a operação, foram identificados crimes de estelionato, associação criminosa e propaganda enganosa.

Segundo a Promotora de Justiça Daniela Nicolai de Oliveira Lima, autora da ação, a investigação revelou que as empresas ofereciam empréstimos com juros baixos e sem exigência de comprovação de renda, o que atraiu consumidores interessados em adquirir bens como casas e carros.

No entanto, os consumidores eram enganados sobre o tipo de contrato, sendo induzidos a pagar uma quantia alta de entrada, via pix, para liberar o crédito prometido. Mesmo após o pagamento, o valor não era liberado, e muitos consumidores só descobriam que haviam assinado contratos de consórcio, cujas contemplações dependiam de sorteios ou do fim do grupo — um processo que poderia levar de cinco a dez anos.

Além disso, as investigações revelaram que esses consórcios não possuíam autorização do Banco Central para operar legalmente, caracterizando ainda mais a fraude.

O MPRO identificou que houve falha no consentimento dos consumidores ao firmarem os contratos, além do desrespeito ao dever de boa-fé por parte das empresas. A ação foi distribuída à 4ª Vara Cível e pede a anulação dos contratos, o encerramento das atividades das empresas envolvidas, e a condenação ao pagamento de danos materiais e morais à coletividade.

Os consumidores prejudicados poderão se habilitar no processo conforme os direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor.

Com a ação, o Ministério Público busca garantir que os direitos dos consumidores sejam respeitados e que as empresas responsáveis por este esquema sejam responsabilizadas pelos danos causados à população.


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