
Deputado, que está nos EUA, critica proposta de redução de penas para condenados por atos golpistas e exige anistia ampla, geral e irrestrita - © Getty
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março, voltou a polemizar nesta sexta-feira (19) ao rebater declarações do relator do projeto de anistia, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Paulinho, aliado próximo do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que seu projeto não prevê anistia, mas apenas redução de penas para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Eduardo reagiu duramente em publicação no X (antigo Twitter):
"Entenda de uma vez por todas: eu não abri mão da minha vida no Brasil e arrisquei tudo para trazer justiça e liberdade para meu povo em troca de algum acordo indecoroso e infame como o que está propondo."
O parlamentar também acusou Paulinho de atuar como “colaborador do regime de exceção” e reforçou que não aceita apenas a dosimetria das penas. “A anistia ampla, geral e irrestrita não está sob negociação”, declarou.
Críticas a Valdemar Costa Neto
Eduardo Bolsonaro também rebateu falas de Valdemar Costa Neto, que em entrevista à Folha questionou se o deputado lançaria candidatura à Presidência contra a vontade do pai, Jair Bolsonaro. “Não acredito que brigue com o pai dele... Vai ajudar a matar o pai de vez?”, disse Valdemar.
A resposta de Eduardo veio em tom de indignação:
"Dizer que um filho ajudaria a matar o próprio pai, se ele não aceitar chantagens, é de uma canalhice que não esperava nem mesmo de você, Valdemar. Aguardo suas desculpas públicas."
Projeto sob impasse
Enquanto Paulinho da Força garante que seu texto não afrontará o STF e que não se trata de anistia, Eduardo insiste que qualquer redução de pena não trará pacificação. Para ele, a única saída é aprovar uma anistia total aos condenados.
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