
Ex-governador afirma que colega só chegou ao Senado graças ao seu apoio e diz ser vítima de injustiça política
Porto Velho, RO - Na primeira entrevista após a aprovação do PLP 192/2023, que altera a contagem do prazo de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa, o ex-governador Ivo Cassol (PP) não poupou críticas ao senador Jaime Bagattoli (PL). Durante participação no programa Vale Tudo, da Rádio Plan FM, nesta quinta-feira (4), Cassol classificou o parlamentar como “falso moralista” e “covarde”, rebatendo o voto contrário do senador ao projeto.
“Jaime Bagattoli é um falso moralista. Um covarde. Ele não tem moral para falar de mim”, disse Cassol, citando que o voto contra a proposta representa, na sua avaliação, um ataque à justiça política.
O ex-governador também relembrou o apoio que deu ao senador antes da eleição de 2022 e disparou:
“Jaime, você só é senador da República por causa de mim, por causa do Ivo Cassol”. Ele ainda fez referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro para reforçar sua narrativa: “O Bolsonaro foi injustiçado. E eu também estou sendo injustiçado”.
Cassol comparou Bagattoli ao senador Marco Rogério (PL), a quem elogiou pela postura em defender o projeto. “Marco Rogério teve coragem de defender o justo. Ele não votou pensando em Ivo Cassol, mas no direito de qualquer político que já pagou sua pena poder voltar. Isso é justiça. Bagattoli não entende, é analfabeto político”, declarou.
Além da polêmica envolvendo a Ficha Limpa, Cassol voltou a criticar a proposta de privatização da BR-364, chamando-a de “vergonha do governo federal”.
Apesar do tom duro, o ex-governador deixou aberta a possibilidade de voltar a disputar as eleições de 2026, caso esteja elegível e conte com apoio popular. Juristas avaliam que a aprovação do PLP 192/2023 pode abrir caminho para o retorno de Cassol à vida política.
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