
Ex-presidente recebeu alta nesta quarta-feira (17) do DF Star; presença discreta de simpatizantes contrasta com mobilizações em torno de Lula durante prisão em Curitiba - Foto: Vinícius Nunes/CartaCapital
Na porta do Hospital DF Star, em Brasília, a cena foi marcada pelo contraste: enquanto Jair Bolsonaro (PL), recém-condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF, recebia alta médica após internação por soluços e vômitos — que resultou no diagnóstico de câncer de pele —, um grupo reduzido de apoiadores mantinha vigília. Eram menos de 15 pessoas, número muito inferior ao de jornalistas que acompanhavam o caso.
A baixa adesão levantou questionamentos sobre a ausência das multidões que antes tomavam as ruas em defesa do ex-presidente. A comparação com a “Vigília Lula Livre”, que resistiu por 580 dias em Curitiba durante a prisão do petista, foi inevitável.
Entre explicações de medo de represálias do Judiciário e justificativas de que “a direita trabalha em dias úteis”, apoiadores buscaram defender a ausência de público. Alguns militantes também apontaram perseguição política e espiritual, enquanto outros elevaram o tom contra a esquerda.
Bolsonaro permaneceu internado sob forte esquema de segurança, com escolta da Polícia Penal e apoio da PMDF. O acesso ao quarto foi restrito, e celulares de funcionários foram recolhidos antes da entrada. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro acompanhou o marido durante todo o período.
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