
Em visita à Malásia, presidente reforçou que negociações comerciais com Washington não implicam mudança na política externa brasileira nem condicionamentos diplomáticos - (foto © Getty)
Durante entrevista coletiva em Kuala Lumpur (Malásia) nesta segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o acordo comercial em negociação com os Estados Unidos, voltado a reverter o tarifaço imposto a produtos brasileiros, não interfere na relação do Brasil com a China, principal parceiro econômico do país.
“Isso não tem nenhuma implicação na relação do Brasil com a China. São coisas totalmente distintas”, declarou o presidente, ao ser questionado se o diálogo com Washington exigiria algum tipo de reequilíbrio na política externa brasileira.
Lula destacou que o Brasil manterá uma postura autônoma e equilibrada nas relações internacionais, reafirmando o caráter soberano e pragmático da política externa de seu governo.
“Não há condicionalidade para que a gente possa fazer um acordo, e nem eu aceitaria condicionalidade. Os Estados Unidos estão de acordo com quem quiser, e eu faço acordo com quem quiser”, enfatizou.
Segundo o presidente, o objetivo é ampliar a presença econômica brasileira no cenário internacional, fortalecendo parcerias tanto com as grandes potências ocidentais quanto com os países emergentes, como parte de uma estratégia de diversificação de mercados.
“Vamos fazer o acordo o mais rápido possível, mas mantendo a liberdade de relação com todos os países”, concluiu Lula.
O Brasil tem buscado equilibrar sua política comercial entre os Estados Unidos, a União Europeia e a China, com quem mantém o maior volume de trocas comerciais desde 2009. A fala do presidente reforça o compromisso com uma diplomacia multilateral e independente, característica histórica de sua política externa.
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