
Mensagem de 2011 contradiz declarações da duquesa de York e reacende polêmica sobre os vínculos da realeza com o financista condenado por abuso sexual - © Getty Images
Novas informações voltaram a colocar a família real britânica sob os holofotes das investigações envolvendo Jeffrey Epstein, o empresário norte-americano condenado por abuso e tráfico sexual de menores. Segundo o jornal britânico Daily Mail, um e-mail de 2011 enviado por Epstein ao seu advogado, Paul Tweed, aponta que Sarah Ferguson, duquesa de York, teria comemorado a libertação do financista da prisão acompanhada das filhas, as princesas Beatrice e Eugenie.
A mensagem contrasta com as declarações públicas feitas pela duquesa na época, quando afirmou não manter mais contato com Epstein. No e-mail, o empresário teria mencionado que Sarah “foi a primeira a celebrar sua libertação com as filhas”. Epstein havia deixado a prisão em 2009, quando Beatrice e Eugenie tinham 20 e 19 anos, respectivamente.
Fontes próximas à família, porém, negam a veracidade da informação. Uma pessoa ouvida pela revista People afirmou que as princesas “nunca conheceram Epstein”, enquanto outra fonte do The Telegraph sustentou que nem Sarah nem suas filhas lembram de qualquer encontro com o empresário.
O e-mail teria sido enviado um mês após uma entrevista concedida por Sarah Ferguson ao London Evening Standard, em março de 2011, na qual ela pediu desculpas por sua relação com Epstein e garantiu que não havia mais contato entre eles.
Nos últimos meses, a duquesa voltou a enfrentar consequências públicas de seu passado ligado ao financista. Diversas instituições de caridade encerraram suas parcerias com ela após a divulgação de outra mensagem, também de 2011, em que se referia a Epstein como seu “amigo supremo”.
Crise ampliada com o caso do príncipe Andrew
As novas revelações também reacendem o debate sobre o príncipe Andrew, irmão do rei Charles III, cuja reputação foi abalada por acusações de abuso sexual envolvendo Virginia Giuffre, uma das vítimas de Epstein.
Na última semana, Andrew anunciou oficialmente sua renúncia a todos os títulos reais, em decisão tomada em consenso com o rei e outros familiares.
“As acusações constantes contra mim distraem o trabalho de Sua Majestade e da família real. Decidi, como sempre, priorizar meu dever para com a minha família e meu país”, declarou o príncipe em comunicado divulgado em 17 de outubro.
Embora o processo movido por Giuffre não tenha chegado a julgamento, um acordo extrajudicial firmado em 2021 resultou no pagamento de uma indenização milionária por parte de Andrew, que continua negando as acusações.
Com os novos e-mails, o escândalo Epstein volta a assombrar a monarquia britânica, reacendendo questionamentos sobre a proximidade de membros da realeza com o financista e os impactos éticos e institucionais dessas relações.
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