Atlético-MG enfrenta o Independiente del Valle em Quito pelas semifinais da Sul-Americana em busca de redenção na temporada

Após campanha irregular no Brasileirão, Galo aposta na força coletiva e na superação diante da altitude para tentar vantagem no jogo de ida no Equador - © Getty

O Atlético-MG volta a campo nesta terça-feira (21), às 21h30, para enfrentar o Independiente del Valle, no estádio Banco Guayaquil, em Quito (Equador), pelo jogo de ida das semifinais da Copa Sul-Americana. A partida marca mais do que uma disputa por vaga na final: é também um teste de identidade e reação para o time mineiro, que busca retomar a confiança após uma temporada de altos e baixos no Campeonato Brasileiro.

A trajetória do Galo até aqui foi marcada pela superação. A equipe comandada por Jorge Sampaoli eliminou o Bolívar em um confronto equilibrado, decidido na base da resistência, e antes havia superado com mais tranquilidade o Godoy Cruz, da Argentina. Apesar das oscilações, o Atlético chega às semifinais mantendo vivo o sonho de encerrar o ano com um título internacional.

O adversário, porém, vive grande fase. Bicampeão da Sul-Americana, o Independiente del Valle lidera com folga o campeonato equatoriano e vem de duas classificações dramáticas, contra Mushuc Runa e Once Caldas, ambas decididas nos pênaltis — um retrato da competitividade e da força mental da equipe comandada por Javier Rabanal.

 
Desafio da altitude e reforços de Sampaoli

O principal obstáculo do Galo será a altitude de mais de 2.800 metros, que exige dos jogadores ritmo controlado e fôlego redobrado. Para a partida, Sampaoli contará com o retorno do volante Alexsander, recuperado de lesão no joelho direito. Em contrapartida, o técnico não poderá contar com Fausto Vera, suspenso por acúmulo de cartões amarelos.

“Tem a ver com conexões e com a capacidade individual. Quando tivermos a possibilidade de melhorar nesse aspecto, seguramente teremos melhores resultados e finalizações”, avaliou Sampaoli, reconhecendo a necessidade de evolução ofensiva.

A missão do Atlético será conter o brilho do meia Junior Sornoza, camisa 10 e referência técnica do Del Valle. O jogador equatoriano — com passagens por Fluminense e Corinthians — já marcou três gols em quatro jogos contra o Galo e costuma ser o motor criativo da equipe. O elenco equatoriano ainda conta com nomes conhecidos do futebol brasileiro, como Jhegson Méndez (ex-São Paulo) e Juan Cazares, que já defendeu o próprio Atlético.

 
Estratégia e histórico favorável

Historicamente, o Galo leva vantagem sobre equipes equatorianas, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas em oito jogos. A estratégia em Quito deve ser pragmática: reduzir espaços no meio-campo, controlar o ritmo da partida e explorar a velocidade nas transições ofensivas.

Mais do que uma chance de chegar à final, o confronto representa uma oportunidade de reconstrução para o Atlético-MG. Após um Brasileirão abaixo das expectativas, a Sul-Americana surge como a principal esperança de coroar o trabalho de Sampaoli e devolver ao torcedor o orgulho de ver o time brigando por títulos continentais.

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