
P-91 terá capacidade para processar 180 mil barris de petróleo e 12 milhões de m³ de gás por dia, reforçando o abastecimento nacional - © Shutterstock
A Petrobras abriu nesta sexta-feira (3) o processo de licitação para a construção da P-91, última das 12 plataformas de produção de petróleo previstas para o campo de Búzios, o maior produtor do Brasil. O novo projeto vai ampliar a capacidade de envio de gás natural do pré-sal ao continente, fortalecendo o sistema energético nacional.
A P-91 terá capacidade para processar 180 mil barris de petróleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, além de estar conectada ao gasoduto Rota 3, que liga o pré-sal da Bacia de Santos ao Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ).
A plataforma também funcionará como um hub de transporte de gás, recebendo combustível de outras unidades de Búzios contratadas no governo anterior que não possuem equipamentos de processamento.
“Alguns projetos de Búzios, quando foram planejados, não incluíam a exportação de gás, mas a reinjeção total. A P-91 vai suprir essa lacuna e dar mais flexibilidade ao sistema”, explicou Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras.
Segundo Baruzzi, a P-91 será capaz de enviar 5,5 milhões de m³ de gás por dia ao continente, sendo 3,5 milhões de sua própria produção e 2 milhões vindos de outras plataformas. Inicialmente, ela será interligada à P-82, mas poderá futuramente atender outras unidades, ajudando a aliviar o excesso de gás e impulsionar a produção de petróleo.
A estatal prevê um prazo de 180 dias para que empresas interessadas apresentem propostas. A estimativa é que a nova plataforma entre em operação após 2030, contribuindo para que o campo de Búzios alcance pico de produção de 1,8 milhão de barris por dia até 2033.
Atualmente, Búzios conta com seis plataformas em operação, que juntas produziram 821 mil barris diários em agosto, o equivalente a 20% da produção nacional. A sétima unidade, P-78, chegou ao Brasil no fim de setembro e deve iniciar as operações ainda este ano.
Para reduzir custos, a Petrobras fez consultas ao mercado e acatou sugestões para simplificar equipamentos e otimizar a estrutura. O número de profissionais a bordo, por exemplo, será reduzido de 240 para 180 trabalhadores, o que permite menor gasto com energia, climatização e infraestrutura de apoio.
“É uma plataforma mais enxuta e eficiente, resultado de um esforço para otimizar recursos e garantir alta produtividade”, destacou Baruzzi.
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