Polícia Civil deflagra Operação Arur Betach e prende influenciadora ligada ao Comando Vermelho em Porto Velho

A investigada é suspeita de ordenar tortura contra dois homens acusados de furtar sua residência; ação foi conduzida pela DRACO 1

A Polícia Civil de Rondônia, por meio da 1ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO 1), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECCO), deflagrou na manhã desta quarta-feira (15) a Operação Arur Betach, que teve como alvo uma influenciadora digital investigada por ordenar atos de tortura cometidos por integrantes da facção Comando Vermelho contra dois homens suspeitos de furtar sua residência.

De acordo com as investigações, a mulher mantinha estreitos vínculos com membros da facção criminosa, da qual faria parte. Após o furto em sua casa, ocorrido enquanto ela estava fora do estado, a influenciadora determinou que integrantes do grupo localizassem os supostos autores e aplicassem punições físicas violentas, em vez de acionar as autoridades competentes.

A Polícia Civil informou que a decisão de fazer justiça com as próprias mãos, utilizando-se de métodos de tortura, foi premeditada e motivada por vingança pessoal, configurando afronta direta ao Estado de Direito e às leis penais vigentes.

O significado da operação

O nome “Arur Betach”, expressão em hebraico que significa “maldito o que confia”, faz referência a uma passagem bíblica — “Maldito o homem que confia no homem” — publicada pela própria investigada em suas redes sociais logo após os fatos, numa tentativa de justificar sua atitude.
Ações da Polícia

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e prisão preventiva, a equipe da DRACO 1 recolheu materiais e dispositivos eletrônicos que serão periciados para aprofundar as investigações sobre o envolvimento da suspeita com a facção.

As diligências seguem em andamento sob sigilo judicial, e a Polícia Civil reforça que a operação tem como objetivo desarticular redes criminosas infiltradas em esferas sociais e digitais, que utilizam influência e exposição midiática para encobrir práticas ilícitas graves, como tortura, tráfico e associação criminosa.

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