
A Venezuela denunciou nesta segunda-feira (6) a existência de um suposto plano de “extremistas” para colocar explosivos na embaixada dos Estados Unidos em Caracas, em meio ao agravamento da crise diplomática entre os dois países.
Segundo o chefe da delegação venezuelana para o diálogo com Washington, Jorge Rodríguez, o governo identificou “uma operação de falsa bandeira preparada por setores extremistas da direita local”. De acordo com ele, o objetivo seria gerar instabilidade e culpar o regime de Nicolás Maduro.
“Reforçamos as medidas de segurança em tal sede diplomática, que nosso governo respeita e protege”, afirmou Rodríguez em comunicado, acrescentando que uma embaixada europeia foi informada do suposto plano para repassar o alerta aos Estados Unidos.
🔥 Tensão crescente entre Caracas e Washington
As relações diplomáticas entre Venezuela e Estados Unidos estão rompidas desde 2019, quando Washington se recusou a reconhecer a reeleição de Maduro. Desde então, a embaixada americana em Caracas permanece ocupada apenas por alguns funcionários administrativos.
O alerta ocorre em meio a um clima de tensão militar no Caribe, após os Estados Unidos mobilizarem oito embarcações e um submarino nuclear para a região no fim de agosto, sob o argumento de combater o tráfico de drogas.
Na última sexta-feira, os EUA anunciaram o quinto ataque contra uma embarcação suspeita de narcotráfico próximo ao litoral venezuelano, resultando na morte de quatro pessoas. Desde o início das operações, 21 pessoas já morreram. Caracas classificou as ações como um “cerco” e uma “ameaça direta à soberania nacional”.
⚠️ Boatos e disputa política
Nas redes sociais, circularam rumores de que a líder opositora María Corina Machado — foragida desde as eleições presidenciais de julho de 2024 — estaria refugiada dentro da embaixada americana. No entanto, nenhuma autoridade venezuelana ou norte-americana confirmou a informação.
A oposição venezuelana alega ter vencido o pleito e acusa o governo de fraude eleitoral, enquanto Washington também se recusou a reconhecer a segunda reeleição de Maduro.
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