
Viajar de avião partindo de Rondônia tem se tornado um verdadeiro desafio financeiro para a população. Em muitos casos, o valor de uma passagem aérea entre capitais da Região Norte ultrapassa, com folga, o custo de voos internacionais de longa distância, evidenciando uma realidade considerada abusiva por consumidores e especialistas.
Levantamentos recentes mostram situações em que uma passagem de Porto Velho para Boa Vista, capital de Roraima, pode chegar a R$ 7 mil, enquanto promoções para voos internacionais, como do Rio de Janeiro para Nova York, são encontradas por menos de R$ 3 mil. O contraste chama ainda mais atenção quando trechos como Porto Velho–Brasília ou Porto Velho–Rio de Janeiro chegam a custar até três vezes mais que viagens internacionais.
Outro exemplo que gerou indignação foi a constatação de que uma passagem apenas de ida de Porto Velho para Manaus pode alcançar R$ 8 mil, valor considerado fora da realidade econômica da maioria dos rondonienses.
Apesar de discursos oficiais e propagandas que anunciam passagens aéreas a preços populares, consumidores afirmam que essas tarifas raramente estão disponíveis para quem embarca no aeroporto Governador Jorge Teixeira. Na prática, os relatos indicam que os altos preços persistem, acompanhados de atrasos frequentes, cancelamentos de voos de última hora e dificuldades para remarcações ou reembolsos.
Nos últimos anos, o número de ações judiciais contra companhias aéreas diminuiu, em parte devido a decisões que passaram a favorecer as empresas. No entanto, a redução dos processos não significou melhoria no atendimento. Pelo contrário, passageiros relatam que o desrespeito ao consumidor segue recorrente, sem respostas efetivas dos órgãos reguladores.
Embora a estrutura física do aeroporto de Porto Velho tenha recebido melhorias, usuários afirmam que a qualidade do serviço aéreo, do embarque ao desembarque, não acompanhou esses avanços. Mesmo com aeronaves frequentemente lotadas, passageiros continuam enfrentando tarifas elevadas e atendimento considerado insatisfatório.
A ausência de medidas mais rigorosas por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também é alvo de críticas, já que muitos consumidores se sentem desprotegidos diante do que classificam como abusos sistemáticos praticados pelas companhias aéreas.
Para quem depende do transporte aéreo em Rondônia, a percepção é de que a situação não apenas não melhorou, mas se agravou, afetando diretamente o direito de ir e vir e pesando de forma significativa no bolso da população.
👉 Siga @agencia_rondonia para mais notícias e atualizações.
📲 Entre também no nosso grupo de WhatsApp e receba notícias em tempo real:
👉 https://chat.whatsapp.com/Kh5HlXUq9wDKVnxDTFMe4f?mode=ems_copy_t
0 Comentários