Agência Rondônia

Itaú demite cerca de mil funcionários após revisão de jornada no home office, afirma sindicato

Itaú demite cerca de mil funcionários após revisão de jornada no home office, afirma sindicato


© Shutterstock

O Itaú Unibanco demitiu cerca de mil funcionários nesta segunda-feira (8), segundo estimativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Os desligamentos atingiram trabalhadores de diversos setores e, de acordo com o banco, ocorreram após uma “revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”.

A instituição afirma que foram identificados “padrões incompatíveis com os princípios de confiança”, relacionando a decisão a divergências entre o ponto eletrônico e as atividades registradas nas plataformas de trabalho durante o home office.

Funcionários relatam que a produtividade é monitorada por meio do uso de softwares internos, como número de cliques, abas abertas e inclusão de tarefas. O descasamento entre esses dados e a jornada registrada teria motivado as demissões sem justa causa e, em alguns casos, advertências.

Repercussão entre os trabalhadores

Nas redes sociais, ex-funcionários afirmam que as acusações não procedem e destacam que muitos dos demitidos tinham avaliações positivas e até promoções recentes.

Posição do sindicato

O Sindicato dos Bancários repudiou a medida, classificando-a como “inaceitável” diante dos lucros bilionários do Itaú.

“Os avanços tecnológicos e os ganhos decorrentes da digitalização poderiam ser revertidos em melhores condições de trabalho e emprego decente. No entanto, enquanto os trabalhadores são sacrificados, os acionistas seguem acumulando ganhos recordes”, afirmou a entidade em nota.

O sindicato também criticou a falta de diálogo sobre alternativas de recolocação dos profissionais em outras áreas e anunciou que vai intensificar os protestos contra as demissões.

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