Operação Sharpe prende sete suspeitos de tráfico

Operação Sharpe prende sete suspeitos de tráfico


© Fabio Teixeira/Anadolu Agency via Getty Images

Uma operação conjunta do Ministério Público de São Paulo (Gaeco) e das polícias Civil e Militar prendeu, nesta segunda-feira (8), sete pessoas suspeitas de integrar o grupo que controla o tráfico de drogas na Favela do Moinho, na região central da capital paulista.

Entre os detidos está Alessandra Moja, irmã de Leonardo Moja, o “Léo do Moinho”, preso no ano passado e apontado como líder da facção na comunidade. Segundo as investigações, ela teria papel estratégico na organização de protestos contra ações policiais e na cobrança de propinas de famílias beneficiadas pela CDHU com indenizações. A filha dela, Yasmim Moja Flores, também foi presa.

Além delas, foram detidos:

  • Jorge de Santana, dono de bar usado como ponto de reunião e depósito de drogas;

  • José Carlos da Silva (Carlinhos), apontado como sucessor de Léo no tráfico local;

  • Claudio Celestino, suspeito de armazenar armas e drogas em seus comércios;

  • Leandra de Lima, cunhada de Léo, que atuaria na coordenação financeira do esquema;

  • Paulo Rogério Dias, responsável pela distribuição de drogas para a cracolândia por meio de carroceiros.

Durante a ação, denominada Operação Sharpe, foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão, com a apreensão de 12 celulares.

As autoridades apontam que, mesmo preso, Léo do Moinho continuava emitindo ordens de dentro do presídio, articulando negócios ilegais e intimidando famílias cadastradas para reassentamento habitacional.

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que a prisão de Alessandra representa “a ponta que faltava para liquidar de vez a recuperação do centro de São Paulo”.

Localizada entre linhas de trem na região central, a Favela do Moinho abriga cerca de 800 famílias e é considerada pelo governo estadual um dos principais pontos de abastecimento da cracolândia. O espaço passa por processo de reassentamento, em parceria entre o governo de São Paulo e a União, com custo estimado em R$ 200 milhões.

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