
Com o PT e o PL focados na disputa presidencial de 2026, os partidos do centrão avançam estrategicamente sobre os estados e se movimentam para ampliar sua influência política nas eleições para governadores.
A um ano do pleito, marcado para 4 de outubro de 2026, legendas como PP, União Brasil e Republicanos articulam alianças e reforçam diretórios regionais, mirando candidaturas próprias em boa parte do país.
O fortalecimento dessas siglas se deve, principalmente, ao aumento das bancadas no Congresso Nacional, o que garante acesso a verbas milionárias dos fundos partidário e eleitoral e tempo de propaganda expressivo.
União Progressista deve disputar até 16 governos estaduais
A federação entre PP e União Brasil, batizada de União Progressista, projeta candidaturas em até 16 estados. Juntas, as legendas devem controlar cerca de R$ 1 bilhão do fundo eleitoral e dispor de forte tempo de TV.
“O passo seguinte é buscar o apoio de outros partidos. A federação cria uma boa estrutura de largada para candidaturas competitivas”, avaliou ACM Neto, vice-presidente do União Brasil e pré-candidato ao governo da Bahia.
Mesmo após o anúncio de desembarque do governo Lula (PT), as siglas mantêm indicados em ministérios e estatais, enquanto buscam unificar a direita em torno de um projeto nacional.
O PP, que elegeu governadores no Acre e em Roraima em 2022, pretende lançar nomes em dez estados. Entre os destaques estão o governador Eduardo Riedel (MS) e as vice-governadoras Celina Leão (DF), Lucas Ribeiro (PB) e Mailza Assis (AC), que devem assumir os cargos em 2026.
Em São Paulo, a aposta é o secretário Guilherme Derrite, que pode disputar o governo caso Tarcísio de Freitas (Republicanos) concorra à Presidência.
O União Brasil, por sua vez, prepara oito candidaturas e aposta em grandes colégios eleitorais como Bahia e Rio de Janeiro, apesar de disputas internas com o PP em estados como Acre, Paraíba e Paraná — onde o senador Sergio Moro tenta viabilizar seu nome.
Republicanos e MDB ampliam presença nos estados
O Republicanos, partido de Tarcísio de Freitas, também planeja um salto. Em 2026, deve ter candidatos em nove estados, incluindo Minas Gerais, com o senador Cleitinho, e Espírito Santo, com o prefeito Lorenzo Pazolini.
O partido ainda negocia a filiação de Alan Rick (Acre) e Fernando Máximo (Rondônia), fortalecendo sua base no Norte.
Enquanto isso, o MDB, presidido por Baleia Rossi, aposta em uma “estratégia pé no chão” e deve lançar oito candidatos a governador, incluindo o ministro dos Transportes Renan Filho (AL) e os vice-governadores Gabriel Souza (RS) e Daniel Vilela (GO).
O PSD, com cinco governadores atuais, projeta disputar dez estados, com nomes de peso como Eduardo Paes (RJ) e o recém-filiado Mateus Simões (MG).
Esquerda busca manter territórios; PSDB e PDT perdem força
Na esquerda, o PT aposta na reeleição de Jerônimo Rodrigues (BA), Elmano de Freitas (CE) e Rafael Fonteles (PI), além de planejar a sucessão de Fátima Bezerra (RN) com Cadu Xavier.
O PSB prioriza João Campos (PE) e pode lançar Márcio França (SP) e Ricardo Capelli (DF).
Já o PSDB e o PDT seguem em queda: os tucanos devem disputar apenas três estados e contam com Ciro Gomes como possível reforço, enquanto o PDT aposta em Juliana Brizola (RS) como principal nome.
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