Agência Rondônia

Zezé Di Camargo ergue camiseta com frase “Anistia Já” durante show em Santa Catarina e reacende debate político

Zezé Di Camargo ergue camiseta com frase “Anistia Já” durante show em Santa Catarina e reacende debate político


Cantor mostrou peça com mensagem em apoio aos presos pelos atos de 8 de janeiro; gesto foi aplaudido pelo público e gerou repercussão nas redes sociais - © Getty

O cantor Zezé Di Camargo, de 63 anos, voltou a demonstrar sua posição política durante um show realizado na noite de segunda-feira (13), na cidade de Porto Belo, litoral de Santa Catarina. Em determinado momento da apresentação, o sertanejo ergueu uma camiseta com os dizeres “Anistia Já – Presos 8 de janeiro”, em referência aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

O gesto aconteceu quando um fã jogou a peça no palco. Zezé pegou a camiseta, leu o que estava escrito e, em seguida, a exibiu ao público, que reagiu com aplausos e gritos de apoio.

A ação rapidamente se espalhou nas redes sociais, reacendendo o debate sobre o pedido de anistia aos manifestantes condenados pelos atos golpistas ocorridos no início de 2023.
Contexto político

Os ataques de 8 de janeiro foram liderados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e resultaram na prisão de centenas de pessoas. O próprio ex-presidente foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão, decisão que ainda cabe recurso.

Nos últimos anos, Zezé Di Camargo se tornou um dos principais nomes do meio sertanejo ligados ao bolsonarismo, participando ativamente de encontros com o então presidente e outros artistas. Em 2022, ele esteve em Brasília, ao lado de Gusttavo Lima, Leonardo, Chitãozinho, Fernando (da dupla com Sorocaba) e outros músicos, para declarar apoio a Bolsonaro durante a campanha presidencial.

Na ocasião, Zezé afirmou:

“Tenho certeza que o melhor para o Brasil é essa formação que está aqui.”

Mudança de discurso

Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas, o cantor adotou um tom mais conciliador. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Zezé declarou que não se considera nem de esquerda nem de direita:

“Não sou Bolsonaro, não sou Lula, sou o Brasil. E aquilo que acho melhor, eu vou torcer. Não sou de esquerda nem de direita, mas acho que o Brasil tem que estar bem.”

Apesar do discurso de neutralidade, o gesto mais recente mostra que o artista continua alinhado a pautas defendidas por parte dos apoiadores de Bolsonaro, o que mantém seu nome no centro das discussões políticas.

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