
Produtor rural João Martins foi baleado em emboscada na região da fazenda Norbrasil; caso envolve suspeitos ligados à LCP e está sob investigação
A presença de representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em Rondônia gerou críticas de produtores rurais nesta semana. Agricultores e lideranças do setor afirmam que o órgão federal não tem se posicionado em defesa das vítimas de violência no campo, mas sim em apoio a grupos acusados de promover invasões e conflitos fundiários.
Enquanto o discurso oficial do MDA foi considerado politizado por produtores, novos episódios de violência agrária foram registrados no estado. O mais recente envolve o fazendeiro e influenciador digital João Martins, que sofreu uma tentativa de homicídio na região da fazenda Norbrasil, em Nova Mutum Paraná, distrito de Porto Velho.
Segundo informações preliminares, Martins conduzia sua caminhonete quando o veículo foi alvejado por vários disparos de fuzil. Ferido, ele abandonou o carro e se escondeu na mata por cerca de um dia inteiro, até conseguir ser localizado e socorrido. Ele foi levado ao hospital com lesões graves.
A principal suspeita é de que os autores do ataque sejam integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), organização já investigada por outros conflitos na região. O local onde o atentado ocorreu é o mesmo onde, anos atrás, dois policiais militares foram mortos durante confronto envolvendo o grupo.
Em vídeos publicados nas redes sociais, João Martins relatou momentos de desespero e a luta pela sobrevivência após o ataque. As imagens repercutiram em todo o estado e reacenderam a discussão sobre segurança rural e atuação das autoridades federais diante dos conflitos agrários.
Produtores criticam a ausência de posicionamento do MDA a respeito do ataque, especialmente sobre a origem das armas utilizadas pelos criminosos. Até o momento, não houve manifestação do órgão sobre o caso ou sobre as denúncias feitas por ruralistas.
A Polícia Civil e a Polícia Militar investigam o crime. O governo do estado afirma que acompanha a situação e reforçou a necessidade de rigor na apuração, diante da escalada de violência nas áreas rurais de Rondônia.
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